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Exposição Fotográfica resgata história dos japoneses em Londrina

30 MAIO 2024 | Texto: EMILIA MIYAZAKI | Foto: PEDRO MATSUO

Exposição Fotográfica resgata história dos japoneses em Londrina

Uma das novidades da Expo Japão deste ano é a Exposição Fotográfica “Tradição, Memória e Cultura”, que traz o registro fotográfico de imigrantes e da ACEL desde os primeiros anos do surgimento da cidadde de Londrina.

A mostra contempla 25 fotos do acervo do Museu Histórico Pe. Carlos Weiss, da ACEL e de famílias de pioneiros. A abertura oficial, realizada na noite de quarta-feira (29) contou com a presença de vários ex-presidentes da entidade, entre outros convidados.

“O início da ACEL foi o resultado da união de grupo de japoneses, denominados Kumis, para juntar forças neste que foi o começo de tudo aqui em Londrina”, ressaltou a presidente da ACEL, Luzia Yamashita Deliberador.

Legado histórico
A criação da ACEL está diretamente ligada à história de Londrina. Em 1929, foi criado o primeiro posto avançado da Companhia de Terras Norte do Paraná, responsável pela colonização da cidade. No mesmo ano, uma caravana composta por seis japoneses chegou a Londrina, trazida pelo notável pioneiro agenciador de terras, Hikoma Udihara.

Em março de 1930, um grupo liderado por Massaji Ohara, Massahiro Tomita e Toshio Tan adquiriu 80 alqueires de terras. Em 1931, estabelecem-se em Londrina os primeiros pioneiros: Kotaro Hayassaka, Kunjiro Hara e Keimi Kazahaya.

Em 1933 foi fundada a Associação Japonesa de Londrina (Nihonjin-kai), tendo como presidente Hikoma Udihara. Em 23 de setembro de 1955, em uma junção da Associação Japonesa com o Seinen-kai (Associação dos Moços), a entidade recebeu a sigla ACEL, ASSOCIAÇÃO CULTURAL E ESPORTIVA DE LONDRINA.

O grande marketeiro
A cerimônia de abertura contou com a presença do neto do pioneiro Hikoma Udihara, o médico londrinense Issao Udihara. “É uma grande responsabilidade representar uma pessoa tão importante para a integração da nossa colônia aqui em Londrina. Temos aqui um exemplo grandioso de integração. Eu acredito na união dos povos, e fico feliz em saber que meu avô foi precursor disso.”

Segundo Issao Udihara, o avô foi um grande marketeiro do projeto de colonização de Londrina. “Eu era pequeno e lembro que ele dizia com muito orgulho: Não reclame do pó. Respire esse pó vermelho porque ele é o ouro que faz isso tudo crescer.”
 

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